São Mateus – Presidente da Comunidade Terapêutica Há Esperança Sem Drogas, o pastor Oziel Bittencourt de Lima utilizou a Tribuna Livre na sessão da Câmara Municipal para pedir ajuda a fim de melhorar a estrutura de atendimento a dependentes químicos em São Mateus. Dos vereadores, recebeu o compromisso de que será feito o possível, dentro da legalidade, para auxiliá-lo nesta nobre missão.
O pastor Oziel explica que iniciou o projeto em 2015, nas Meleiras, no Município de Conceição da Barra, mas mudou-se para São Mateus em 2019, quando assumiu a estrutura do extinto Projeto Quero Viver, nas imediações do Bairro Litorâneo. Ele salienta que o projeto atual atende adolescentes, jovens e até pessoas de idade avançada, independentemente de classe social, inclusive recebendo dependentes químicos enviados por órgãos públicos, como Cras e Creas.
O presidente afirma que a comunidade terapêutica, entretanto, enfrenta dificuldades para crescer e ampliar o atendimento. Hoje, segundo ele, são 17 atendidos, metade da capacidade por causa da pandemia do novo coronavírus.
Também pastor e parceiro da comunidade terapêutica, o vereador Delermano Suim registra que o projeto social acolhe inclusive dependentes químicos que viviam nas ruas de São Mateus, sem qualquer possibilidade de ajudar no custeio do tratamento. Delermano conclamou ajuda com políticas públicas.
Autor do convite a Oziel para uso da Tribuna Livre, o vereador Adeci de Sena complementou destacando que há muitas pessoas carentes dependente desse tipo de atendimento. Adeci lembrou que a própria família sofreu com o problema das drogas. Ele relatou que iria acionar a secretária de Assistência Social, Marinalva Broedel, para ver a viabilidade de doação de cestas básicas para atendimento desses dependentes químicos. “Estamos aí pra ajudar a salvar as vidas”.
O vereador Carlinho Simião lembrou que esteve no extinto Projeto Viver e naquela época foi possível realizar um repasse financeiro para ajudar na manutenção da instituição. Nessa questão, o pastor Oziel salientou que a comunidade terapêutica está apta, com todas as certidões negativas, para a captação de recursos. “Está tudo 100% legalizado”, disse, informando que daria entrada num pedido para obtenção de título de utilidade pública.
Presidente da Câmara Municipal, o vereador Paulo Fundão disse que a instituição pode contar com o Legislativo para votar e aprovar o título de utilidade pública, se a documentação estiver adequada. Adiantou ainda que avaliaria a viabilidade legal de o parlamento fazer um repasse financeiro direcionado ao projeto social.